Texto gentilmente cedido por Leticia Tarabay
Com a chegada do verão, começa também a temporada de críquete. Há alguns anos atrás, meu marido levou meu pai a um jogo e achou muita graça quando ele perguntou que tipo de jogo era aquele, em que um time tinha tantos jogadores em campo, e o outro time apenas dois. Pois então, para outros brasileiros que não têm idéia do que se passa num jogo de críquete, aqui vai um resumo simplificado do jogo e das regras (simplificado, porque uma explicação detalhada ocuparia o portal inteiro).
São dois times de onze jogadores cada, jogando em um grande campo circular ou oval de grama. No centro, uma pequena área retangular (“pitch”) de aproximadamente 3m X 20m, onde a maior parte da ação acontece. Nas duas extremidades do “pitch” ficam os “wickets”. Cada “wicket” consiste de 3 estacas (“stumps”), com 2 pequenas varetas (“bails”) em cima. Embaixo de cada “wicket” existe uma linha branca, chamada “bowling crease”. Existem linhas brancas também na frente de onde o “bowler” arremessa a bola (“popping crease”), e na frente de onde o “batsman” a rebate (“batting crease”). O jogo é arbitrado por dois juízes.
Os times têm jogadores de habilidades diferentes: alguns são especialistas em rebater, outros em arremessar, e jogadores bons nas duas coisas são conhecidos como “all-rounders”. Há também uma posição especializada, o “wicket-keeper”.
A duração do jogo varia, assim como o número de bolas arremessadas. Um dos times rebate primeiro enquanto o outro time arremessa. O time que rebate tem apenas dois jogadores em campo (“batsmen”). Cada um carrega um bastão de face plana e fica numa ponta do “pitch. Um dos rebatedores é o que recebe a bola arremessada (“striker”), enquanto o que fica do outro lado chama-se “non-striker”.
O objetivo do rebatedor é marcar o maior número de pontos – ou “runs” – possível antes de ser dispensado. “Runs” são marcados de diversos modos:
1) o “striker” rebate a bola arremessada e, enquanto os adversários correm pelo campo para pegá-la, os dois rebatedores correm de uma extremidade do “pitch” para a outra, ou seja, entre os dois “wickets”. Um ponto – ou “run” – é marcado para cada vez que eles atravessam o pitch. Se eles só conseguirem correr o “pitch” uma vez, os dois rebatedores terão mudado de posição entre si para o próximo arremesso – ou seja, o “non-striker” será agora o “striker”;
2) o “batsman” rebate a bola com mais força e ela ultrapassa os limites do campo (porém tocando o campo antes de sair). O time rebatendo marca 4 “runs”;
3) o “batsman” rebate a bola para o alto e ela ultrapassa os limites do campo, sem tocar nele antes de sair. O time rebatendo faz 6 “runs”.
Adicionalmente, “runs” podem ser marcados quando o “bowler” não arremessa a bola corretamente, ou seja quando o movimento de arremesso é incorreto (“no-ball”), ou quando a bola é arremessada muito distante para o “batsman” rebatê-la (“wide”). Para um arremesso ser correto, o “bowler” não pode esticar o braço completamente ao arremessar a bola, e seu pé de trás tem que estar inteiro atrás da “popping crease”. Continua…veja a parte 2